Transportador diz que sem reajuste do frete atividade fatalmente estará comprometida

Transportador diz que sem reajuste do frete atividade fatalmente estará comprometida

 Sindicatos alertam para graves complicações que podem determinar “anormalidades” nos serviços prestados pelo expressivo modal rodoviário

Chapecó (5.3.2015) – Impossível suportar o elevado custo para manter a frota de caminhões na estrada. Este é o resumo da situação das empresas de transporte de cargas que atinge violentamente também o Sul do País. Sindicatos e transportadores de regiões dos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul debateram o assunto em Chapecó. Posição definida foi tomada para reverter as comprometedoras instabilidades no setor.

A reunião organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó – Sitran contou com a participação dos sindicatos da categoria econômica de Concórdia, Catanduvas, Videira (SC) e Toledo (PR), mais cooperativas de transportes de Concórdia, Itajaí (SC) e Marau (RS). Estão envolvidos ao movimento ainda, os sindicatos de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos (PR) e uma cooperativa de Joaçaba (SC).

Nestes municípios, computando apenas os transportadores presentes ao encontro, circula uma frota de 12 mil caminhões transportando cargas para agroindústrias (o agronegócio é o principal tomador de serviços) e embarcadores. Há absoluta descapitalização das empresas, “fato que compromete fatalmente o setor de transportes”, lamenta o presidente do Sitran Deneraci Perin. Diante da delicada situação há generalizado e absoluto descontentamento. Os transportadores acumulam elevados prejuízos ao longo dos anos “situação que não pode continuar”, pondera o dirigente sindical. A posição tem o aval de todas as demais instituiç&ototilde;es.

No encontro de Chapecó, de onde saiu documento denominado “Carta dos Transportadores do Sul”, ficou firmado pacto de ação conjunta e unificada. Foi criada comissão para sensibilizar os embarcadores (empresas que utilizam os serviços dos transportadores) à promoção de aumento no frete em percentual de 14,11%. Estudos técnicos e econômicos mostram que esta é a defasagem que se arrasta há anos.

Mais – Além do ajustamento de valores do frete, o documento reivindicatório trata do pagamento de diárias, manutenção do percentual diferenciado na tarifa para caminhões com tecnologias distintas, política de reajuste das tarifas, carga e descarga de mercadorias sem ônus para o transportador. Outro forte pedido e a legitimidade das entidades sindicais como representantes negocias dos transportadores junto aos embarcadores. Os sindicatos pedem o apoio dos embarcadores para a rejeição do projeto de lei que objetiva a majoração das alíquotas substitutivas da Contribuição Previdenciária Patronal – CPP que incide sobre o faturamento (desoneração da folha). O movimento defende a manutenção da atual alíquota de 1% da contribuição sobre o faturamento.

Os transportadores encaminharam o documento aos embarcados em caráter de urgências, já nesta quinta-feira (5). A continuidade normal dos trabalhos do segmento está condicionada ao atendimento das demandas. Alertam que revés nos pleitos ou falta de contato para agendamento de reunião com a comissão negocial dentro de dez dias, poderão acarretar prejuízos aos serviços. Também motivará nova reunião das entidades para deliberar as próximas ações.

Foto: Transportadores sul brasileiros chamam atenção para comprometimento dos serviços

Assessoria de Imprensa Sitran

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