A atividade essencial para a economia sofre descapitalização com 90% das empresas diminuindo de tamanho
Chapecó (15.8.2017) – Aumentam a cada dia as dificuldades de manutenção das empresas de transporte. Vários fatores contribuem negativamente para a elevação dos custos, sem a necessária contra partida. A situação é crítica e exige providências urgentes para evitar previsível colapso da atividade. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó – Sitran, Deneraci Perin, mostra-se apreensivo com a crise vivida pelo setor. “As empresas não suportam mais arcar com os prejuízos”, disse.
Perin cita pesquisa realizada neste mês pela NTC&Logística em colaboração com a Agencia Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Os dados são referentes aos primeiro semestre deste ano e relevam a calamitosa e longa fase de dificuldades. A pesquisa aponta que a queda no faturamento alcançou 70,5% e as receitas diminuíram 10,32%. Nos seis meses o valor do frete caiu em média 2,98% e as empresas diminuíram de tamanho em 91%. Percentual de 54,7% das empresas tem recebido frete com atraso.
Alguns fatores que contribuíram para este quadro foram os aumentos de custos, os aumentos concedidos aos salários, reajustes de combustível, as péssimas condições das rodovias, despesas administrativas e manutenção veículos. A redução do volume de cargas causada pela crise econômica nacional também contribui determinantemente. O setor enfrenta, ainda, o comprometimento do faturamento com a elevação cada vez mais acentuada de fretes atrasado.
As instituições que efetuaram a pesquisa enfatizam que esta situação “já ultrapassou o limite do estado suportável”. Muito mais, se for levado em consideração às margens estreitas de lucro alcançadas pelas empresas do setor quando a economia está em expansão. Considera-se também que a pressão imposta pela recessão acaba negativando as margens de lucratividade.
Risco iminente – O presidente do Sitran concorda que promover o realinhamento dos valores dos fretes praticados com a cobrança dos demais componentes tarifários “são medidas impreteríveis à sobrevivência do setor, hoje em total desalinho”. Perin argumenta que sem estas providências a atividade está sob risco de grave colapso. Reforça que o setor é caracterizado como atividade essencial à economia e à sociedade.
O dirigente sindical lembra que as empresas estão sendo descapitalizadas com muita rapidez. As empesas que sobreviveram não fazem nenhum tipo de investimento há mais de três anos, determinando a deterioração do setor, sucateamento que não condiz com a importância deste segmento econômico.
– Foto: Perin alerta para grave situação de risco envolvendo o setor de transporte que exige medidas urgentes
Assessoria de Imprensa Sitran