Projeção otimista: Mercado de implementos rodoviários deve subir 15% com retomada do PIB

Projeção otimista: Mercado de implementos rodoviários deve subir 15% com retomada do PIB

Os emplacamentos de implementos rodoviários deverão crescer cerca de 15% este ano, puxados pela expectativa de alta entre 2% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB), alavancando principalmente o segmento leve.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), Alcides Braga, o mercado de carroceria sobre chassis vai experimentar uma retomada neste ano, assim como o pesado, que em 2017 voltou a crescer. “O avanço do segmento pesado é o prenúncio da recuperação [econômica], que não parece ser apenas um soluço, mas um crescimento sustentável. Agora, em 2018, a melhora deve se espalhar em leves”, avalia.

O executivo acrescenta que o segmento leve voltou a melhorar seu desempenho a partir do último quadrimestre do ano passado, mas que os resultados não foram suficientes para que as empresas registrassem resultado positivo de forma consolidada.

O resultado positivo em 2018 vai representar uma reversão dos resultados negativos dos últimos anos. “Jogamos praticamente dois dos últimos quatro anos fora”, comenta Braga, em referência à estimativa de que durante a recessão tenham sido deixados de ser emplacadas cerca de 120 mil unidades. “Podemos retomar um patamar de vendas na casa das 100 mil unidades até 2020, se mantivermos esse ambiente de recuperação econômica”, pondera.

Um empurrão para o incremento da produção deverá vir das taxas de juros, que aliviam o custo dos financiamentos, sobretudo às micro, pequenas e médias empresas, que somam mais de 1,2 mil no País, e que não obtêm recursos no BNDES. “O ambiente de juros mais baixos e a necessidade de renovação da frota vão ajudar na retomada. Outro fator positivo é a projeção das montadoras de alta de 10% a 20% das vendas de caminhões neste ano.

Para 2018, entretanto, há uma expectativa de alta dos preços dos implementos rodoviários. Segundo Braga, ainda é difícil projetar o valor final dos repasses das altas dos insumos aos produtos finais. Ele cita o recente reajuste de 23% no preço do aço pela CSN, que deverá ter um impacto diferente para as empresas que compram diretamente da usina em relação àquelas que adquirem o insumo das distribuidoras. “O aço vai ter um custo mais relevante em 2018, mesmo que várias empresas já tenham antecipado as compras. Outro impacto virá da alta do alumínio”, complementa.

Fonte: ANFIR / NTC&LOGÍSTICA

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