Presidente do Sitran e conselheiro da Fetrancesc, Deneraci Perin, diz que a construção do trecho rodoviário com 60 km é essencial à economia da região
O presidente do Sitran Chapecó (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística), Deneraci Perin, crê que a iniciativa possa sensibilizar o governo federal a construir a obra que representa “definitiva integração do Sul do Brasil”, e maiúsculo “estímulo à economia regional”. Perin participou da discussão representando também a Fetrancesc (Federação catarinense das empresas do setor), na condição de membro do Conselho de Representante da instituição.
O Fórum reuniu lideranças políticas, empresários, líderes do agronegócio e técnicos, das regiões Oeste de Santa Catarina e Noroeste do Rio Grande do Sul, as mais afetadas. A BR 158 atravessa o país de Sul a Norte e é estratégica aos dois Estados. A Comissão quer implantar o trecho ligando Maravilha a São Lourenço do Oeste (SC), com extensão de apenas 60 km, para chegar a Vitorino (PR) onde a rodovia já existe. A obra uniria definitivamente o Sul, ao Brasil. Implantar a continuidade da BR significa irrepreensível benefício ao setor econômico, especialmente o agronegócio, crescimento regional e substancioso desafogo à BR 282.
O trajeto catarinense da 158 liga Cunha Porã a Maravilha parando na 282. A partir deste entroncamento as opções, para seguir ao Paraná e demais estados, são pelos Municípios de São Miguel do Oeste ou Chapecó, alongando a viagem (dependendo da escolha) em mais de 300 quilômetros para chegar ao mesmo destino. O Oeste tem déficit de 4,7 milhões de toneladas de milho e farelo de soja, volume majoritariamente transportado da região central do Brasil. Somente estes dois itens exigem a movimentação diária de 595 carretas bitrem, trânsito que requer rodovias compatíveis. A abertura do complemento da 158 facilitaria e muito o atendimento, mesmo parcial, da demanda.
Confiança – Não há ceticismo, mas as lideranças admitem que forte pressão precisará ser exercida para conseguir o objetivo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Denit, lembra que várias etapas precedentes à implantação do trecho necessitam ser “queimadas”. O cumprimento passa pela eliminação de fases como viabilidade técnica, projetos, aprovações e, o mais complexo pela burocracia, a federalização do “caminho”.
O presidente da CEP, vereador Luiz Hermes Brescovici, disse que a mobilização foi engrossada pelo Fórum e a pressão junto ao governo passa a se intensificar. “Não vamos sossegar até ver o prolongamento implantado”, garante. Já a prefeita de Maravilha, Rosimar Maldaner, entende que o processo “exige muita luta” e a união de forças “certamente superará as barreiras”.
O Fórum elegeu uma Comissão Interestadual para atuar perante aos setores competentes na busca de atendimento ao pleito. Vai agir com voluntariedade exercendo forte pressão e adequado rigor. Mediante os relevantes argumentos a comissão espera convencer autoridades federais a executarem a obra. Mesmo com um longo caminho a percorrer, a expectativa das lideranças dos dois Estados é que o fim das quatro décadas de espera, pode estar próximo.
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Foto: Oeste e Noroeste de SC e PR querem, com a maior brevidade possível, ver o prolongamento implantado
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Assessoria de Imprensa do SITRAN